quarta-feira, 6 de junho de 2012

Morreu o Mestre - Ray Bradbury 1920 -2012



Também eu junto a minha voz ao coro dos que lamentam a morte de Ray Bradbury. Nestas alturas é sempre difícil saber o que dizer. Ainda no mês de Março na revistas Bang 12  João Lameiras recordava o mestre na perspectiva, não só da sua paixão pelos comics, mas também pelas adaptações da sua obra em BD numa artigo intitulado "O Homem Ilustrado: Ray Bradbury em BD". Foi ai que tomei consciencia de que o meu primeiro contacto com o Mestre foi a adaptação para BD do conto "Vem para a minha cave" na revista Selecções BD (2.ª serie), mais recentemente descobri o Mestre através dos contos, contos como "Um Som de Trovão", "Virão Chuvas Mansas" ou "Aquele que espera".

Não falarei (muito) da sua obra, ainda só este ano li um dos seus clássicos "Fahrenheit 451"  e ainda tenho muito que ler, mas isto posso eu afirmar: do que li vale bem a pena, é um auto dotado como existem poucos. As suas obras conseguiram a proeza de ultrapassar as fronteiras da FC e tornar-se Literatura Mundial, para apreciadores de FC ou não, porque as suas obras são sobre a Humanidade, os nossos defeitos e virtudes, as nossas forças e fraquezas, sobre o que é ser Humano, mesmo que não estejamos lá...
A sua morte é triste, mas ele será sempre recordado, pois em todos nós existe um Montag, e talvez, mas apenas talvez, a sua morte tenha o condão de aguçar a curiosidade de leitores por esse mundo fora e eles irão descobrir o quanto Ray Bradbury é genial, irão procurar e descobrir mais, e um dia, inspirados pelo que leram, escreverão o primeiro capitulo de uma nova era de FC. Eu que sou um optimistas bem o sei, mas quem sabe.

Resta dizer que a melhor forma de o honrar e recordar é ler as suas magnificas obras, pena é que essas mesmas obras quase não existam no mercado Português, fica a chamada de atenção aos editores deste País.
Portanto leiam e deliciem-se, e depois (ou mesmos antes) peçam mais, se faz favor.

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